sábado, 21 de setembro de 2013

O mago da Ilusões e o Palhaço em : Espaço

O Mago das Ilusões, esse mesmo o seu nome, e não havia como descreve-lo, porque ele não tem um rosto e nem uma forma, ele é apenas uma sombra de todas as ilusões perdidas do mundo. Quem nunca teve uma ilusão e depois a jogou fora? E ele caminhava procurando o Palhaço que estava em algum lugar desconhecido.

O Palhaço se lembrava, que o Mago das Ilusões era seu esqueleto no armário, apenas ele via o Mago, apenas ele ouvia o Mago. E o inverso era o que acontecia. O mundo não precisava mais dos dois, então eles deixaram de existir para o resto, existindo apenas um para o outro.

- O que diabos está fazendo? – interrogou o Mago, ele estava parado com as mãos na cintura enquanto olhava a cena.

Nesta cena o Palhaço traçava um circulo de giz branco no chão. Era um circulo de uns 3 metros de diâmetro. Ele fazia bem devagar e não deixava entortar nem um pouco, sempre apagando quando errava e saia torto. Ele não respondeu ao Mago, e quando terminou deu aquele seu sorriso bem bobo.

- Prontinho essa é a minha bolha proxêmica. Ela não ficou bonitinha? – o palhaço respondeu.

Quando ele terminou de responder começou a andar em torno da bolha, feliz da vida, como se tivesse acabado de criar alguma coisa importante. O Mago, por outro lado, estava tentando ao máximo não morrer de rir.

- Uma bolha proxêmica? Você desenhou uma bolha proxêmica? Essa é sem dúvida a coisa mais idiota que você já fez. Você não serve para raciocinar, deixa que eu faço isso para você da próxima vez. – o Mago ainda ria, enquanto suas palavras era seguidas por pausas longas, ele parou de rir quando terminou de falar.

- Você está é com inveja por que a sua bolha proxêmica é imaginaria e ninguém respeita, as pessoas sempre estão invadindo o seu espaço, agora comigo vai ser diferente.

O Mago andou em torno da bolha proxêmica do amigo, ele olhou para o desenho bem feitinho no chão, e quase riu de novo, logo ele saltou para dentro ficando do lado do outro. O Palhaço curvou as sobrancelhas, olhou para fora do circulo e depois para dentro, repetindo o gesto mais três vezes antes de começar a chorar.

- Você... Você invadiu... Minha bolha! – ele ainda chorava esfregando as mãos nos olhos.

- Sua anta, a bolha proxêmica é imaginária! – o Mago gritou sacudindo o outro pelos ombros. – Todo mundo vai invadir, as pessoas nem olham para o chão. Você nem sabe o que é uma bolha proxêmica.

- O... O que... É? Então? – o Palhaço ainda soluçava.

- Uma bolha proxêmica é aquele espaço que as pessoas dão uma das outras para não ficarem grudadas, é o chamado espaço educado. Entendeu agora? Essa linha no chão, não é uma Bolha Proxêmica, é apenas um circulo feito de giz.

- Ah... Então talvez seria melhor fazer ela como uma parede de plástico né? Ou algo de ferro que dê choque... Eu preciso de ferro e eletricidade. Me ajuda? – pediu o Palhaço.

O Mago bateu com as mãos no rosto e começou a contar até dez. Ele soltou o Palhaço, e saiu andando para fora do circulo, enquanto o Palhaço começava a segui-lo. 

- Vai me ajudar? – repetiu o Palhaço.

- Eu desisto de você, enfie o dedo na tomada e morra de uma vez. – Mago gritou.

- Mas e ai quem vai conversar com você... Eu te amo Mago. – disse o Palhaço abraçando o Mago.

- Ei... Sai fora, bolha proxêmica, lembra? Desencosta... Desgruda...

- Vamos dividir uma bolha proxêmica?

- Falar com  você é como falar com a parede...

- Vamos vai? Vamos... Diz que sim? – disse o Palhaço insistindo.

E assim os dois continuaram aquela discussão, chegando a conclusão, que talvez a bolha proxêmica seja apenas mais um risco no chão.
PS: Sei que andei um pouco afastada, talvez tenha perdido muitos leitores e peço desculpas por isso... Eu estava realmente vivendo no tempo que parei de escrever... Eu estava feliz, foi um sonho, longo... Mas ainda sim um sonho - Vou deixar meu Tumblr, para quem quiser acessar, obrigado a todos os leitores que permanecem: http://estranha-eu-tem-certeza.tumblr.com/

A Carta


Para a Dor...

Querido , estou de volta para junto de ti, infelizmente a vida não quer mais me ver sozinha. Sei que ao menos ao seu lado em tenho um lugar, sei que mesmo que chores e eu não possa secar suas lágrimas, aqui estou eu.
Não me deixes para trás, deixe que eu te sinta para me fazer presente. Eu não existo sem ti, não há um só lar no qual nos dois temos habitados e tu és o único que me aguenta por um tempo ainda mais longo. Já tive você na saudade, já tive você na distancia... Já tive você em muitos mais momentos do que a Felicidade, eu ainda vivo o sonho que pode ser eterno.
Nossa amiga, a Esperança, sempre está lá para alimentar suas loucuras... Mas eu não faço mais isso, teve um dia sim, que nos três ficamos juntos no castelo da Ilusão... Mas não é mais assim, agora eu acordei, sei que meu lugar é ao seu lado.
Não existo sem ti...Ela, a Maldade, teve a ousadia de me dizer que você me estragava, e eu digo que não... Digo que você apenas me faz mais necessário. Por favor... Deixe apenas mais uma vez... Consolá-lo.

Assinado: Seu querido e sempre presente Amigo, Amor.

O Tolo

Sou o grande erro cometido
Sou a dor do amor sofrido
Minha alma está quebrada dentro de mim
Por que o passado me fez sofrer assim

Amor, antes um sentimento puro e sonhador
Agora a riqueza de um tolo sofredor
Que amagar sozinho no escuro
A fácil e tão cruel queda de seu muro

Sozinho ele há de chorar
A histeria, seus sonhos roubar
A realidade, irônica, voltando a sorrir
Dizendo que o amor sabe mentir

E o sonhar não terá mais sua vez
O tolo não consegue ser feliz, desde que sua alma se desfez
Ferida que só o outro pode curar
E que ao invés disso, por “amor” prefere matar

E a alma do tolo destruída
Nunca mais portará vida
Ele nunca mais irá sonhar
Nunca mais confiará na pureza do amar
E o tolo é só um tolo a vagar, jogando seus sonhos na areia, bebendo suas lágrimas e no final de tudo, mesmo que isso oculte seus sentimentos e que ninguém saiba o quanto ele foi forte... Ele ainda consegue sorrir.

Passado

Ah, como eu queria que o presente apagasse o passado
Como queria curar essas cicatrizes desse coração maltratado
E dizer que as lições da vida eu pude aprender
E que agora, nunca mais irei sofrer

Aprendi que aquele que eu mais quero, me deixará sozinho
E os sonhos e a esperança eu fui perdendo pelo caminho
Hoje eu sou o monstro do pesadelo infantil
A mercê da minha mente, um ser vil

Minha mente e meus pensamentos são misteriosos
Onde todos a minha volta são mentirosos
Dizendo que o futuro ainda está por vir
Enquanto os meus joelhos estão fartos de cair

Nunca terei alguém que fique comigo sem eu pedir
Que enquanto eu choro, me faça sorrir
Que devolva a minha esperança e que me torne prioridade
Ser a primeira escolhida, a esperança e a surpresa trás felicidade

Quem eu era antes venho a morrer
Quando senti minha alma desvanecer
Hoje sou a sombra infeliz
Sou aquela que nada, de fato, diz.

Gwiyomi (귀요미송 song by Hari) : Animation by Cam Cheese - Cutie Song **ori...